Se o aluno não ficou de recuperação, as aulas de reforço podem ser abandonadas?

Sim. Não. Talvez. Aqui, mais uma vez, cada aluno deve ser observado com cuidado e atenção. Aulas de reforço não são sinônimo de “falta de atenção nas aulas”, de “preguiça”... Conforme o grau de dificuldade que um aluno tem com relação a uma determinada disciplina, as aulas de reforço são instrumento absolutamente necessário para que continue a avançar nos conteúdos. Para que os pais entendam como o(a) filho(a) está se relacionando com relação a essa nova oportunidade para aprender, é preciso conversar com ele(ela) e com os professores (o da disciplina regular e o do reforço).

Conforme o grau de dificuldade, o aluno precisa da proximidade que existe na aula de reforço; precisa de uma situação em que se sinta mais à vontade para expor as suas dúvidas e questionamentos. Sem esse espaço, fica mais difícil o entendimento, pois uma dúvida calada é lugar para a entrada do reinado do desentendimento...

Além disso, o tempo de uma aula de reforço é outro, pois é organizada para que o passo a passo se dê de forma ainda mais gradual. Isso é fundamental, quando os temas são desafiadores para o aluno; é como se o tempo de aquecimento dos motores tivesse que ser mais longo.

Outro fator interessante é que, em uma turma de reforço, o aluno convive com outras pessoas que têm dificuldades semelhantes às suas, o que lhe mostra que aquele determinado conteúdo é, realmente, desafiador para alguns e que é normal que ele(ela) tenha uma atividade extra para conseguir caminhar melhor naquela disciplina.

Assim, para avaliar se uma atividade de reforço deve continuar a ser frequentada, é preciso conversar com os professores e com o próprio aluno(a) para avaliar, com calma, a situação. Pode-se, inclusive, suspender as aulas por um determinado período para ver como o(a) aluno(a) se sente com relação a isso. A principal dica, aqui, é o diálogo.